Indicadas 29 testemunhas para Júri do Caso Bernardo

Foto: Arquivo 
Bernardo Uglione Boldrini foi morto em 2014

Um dia antes da morte do menino Bernardo Boldrini completar quatro anos, a Justiça divulgou que 29 testemunhas foram indicadas para o júri do caso. A juíza Sucilene Engler Werle, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, analisou os pedidos feitos pelo Ministério Público e pelas defesas de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, e dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz, réus do processo que apura a morte do menino. 

Ao todo, foram arroladas cinco testemunhas pelo Ministério Público (acusação) e 24 pelas defesas dos quatro acusados. Cabe recurso da decisão. Após o prazo de cinco dias para recursos, a juíza deve marcar a data do julgamento. Os quatro serão julgados pelo Tribunal do Júri.

Justiça nega pedido de prisão domiciliar de madrasta de Bernardo Boldrini

Alguns pedidos feitos pelas defesas das vítimas foram deferidos pela Justiça: a incomunicabilidade das testemunhas na sessão de julgamento e que o inquérito policial que apurou a morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, seja juntado ao processo, feito pela defesa de Leandro Boldrini. 

Além disso, a magistrada determinou a exclusão de assistente de acusação por cauda da morte de Jussara Marlene Uglione, avó da criança, que exercia a função. Jussara morreu em agosto do ano passado. 

A MORTE DE BERNARDO     
Em abril de 2014, Bernardo Boldrini, com 12 anos à época, foi dado como desaparecido. Dias depois, o corpo do menino foi encontrado em um saco plástico, enterrado em uma área em Frederico Westphalen. A investigação apontou que a morte da criança foi por causa de uma superdose de um sedativo. A madrasta dele junto de uma amiga, Edelvânia Wirganovicz, teriam aplicado a medicação em Bernardo e com ajuda do irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, esconderam o corpo de Bernardo. O Ministério Público apontou, na denúncia, que o pai da criança, Leandro Boldrini, foi o mentor da morte do filho.